quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Modulo 2 - O Contexto Actual da Formação Profissional

Do seu ponto de vista fará ou não sentido este sistemas de procedimentos para a tornar a formação mais eficiente?

Ao longo da minha experiência de formação penso ter aplicado no todo ou em parte os procedimentos enunciados por Gagne, mesmo sem ter consciência de o fazer por os desconhecer.

Ultimamente estando ligado a uma área onde a FAP não tem e não da formação, o meu trabalho tem passado pela transmissão de conhecimentos na sua forma mais ancestral – a palavra.

Através da experiência acumulada e do saber adquirido vou formando na minha área, todos os militares independentemente do posto, que são colocados nesta área, e se para o quem está no QP já sabe ao que vem, para o pessoal contratado é mais complicado.

Senão vejamos, formar um militar que se oferece para uma dada especialidade e que depois de acabar a sua formação é colocado num local de trabalho cuja missão (à excepção do ser militar) nada tem a ver com a sua formação, e que ao longo da sua carreira dificilmente terá contacto com ela e muito menos com as oportunidades dos seus colegas de curso, é um ponto de partida extremamente difícil.

Pior só a passagem pela Ota quando dei aulas ao ultimo curso de praças controladores e em simultâneo ao primeiro curso de praças que não iriam controlar. Em que alguns deles só deram por isso quando começaram a ser gozados pelos outros e que a uma das turmas dava 7 (sim sete!!!!!!) horas da mesma disciplina num só dia (e uma vez por semana).

Voltando a Gagne:

Atenção – dando hoje em dia uma formação “OJB” é muito fácil criar a chamada de atenção seja pelo erro cometido seja pelo bom desempenho.

Do mesmo modo na formação inicial procuro captar a atenção do formado através de paralelismos com assuntos do seu interesse ou levando-o a dirigir o pensamento, dando-lhe a iniciativa e responsabilidade do momento.

Objectivos – são sempre apresentados ou relembrados de forma a que cada um saiba onde está e para onde é desejável que o seu percurso o leve.

Recordação – Tento sempre levar o formando relembrar as sessões anteriores ou quando erra e sendo uma formação em contexto de trabalho por vezes erra ao fazer o seu trabalho pedindo-lhe prazer o mesmo de outra a forma ou fazendo um exercício pratica de forma correcta levando-o depois a pensar e a descobrir por ele qual a mais correcta, no fim relembro o porque de ser a mais correcta e onde falamos sobre esse assunto.

Informação – no inicio de cada sessão transmito toda a informação relevante para o trabalho a ser executado na mesma, se possível com analogias que lhes chama a atenção.

Guiar a Aprendizagem – é facultada uma serie de exercícios em regime de trabalho onde são guiados e corrigidos os problemas detectados, sempre que possível e como objecto de motivação em virtude de estarem a trabalhar fora da sua especialidade são utilizadas profissões da área civil da sociedade e locais onde podem aplicar os conhecimentos adquiridos como comparação. Procurando deste modo a conjugação com o passo seguinte.

Aliciar à Prática – Utilizado em conjunto com o passo anterior dando também exemplos de camaradas que ali passaram e foram bem sucedidos na vida civil com o que por ali aprenderam.

Feed-Back – é feito em grupo e individualmente sempre de forma a corrigir os erros apontando não só a forma ensinada mas também o contributo e sugestões apresentadas durante o trabalho por todos os intervenientes, levando as sugestões a debate do grupo podem preceder os pose contras das suas sugestões e a sua adequabilidade ao serviço. Todas as boas sugestões desde que possíveis de levar à pratica são aproveitadas de forma a estimular e a motivar os intervenientes

Avaliação – é utilizado o método de reconhecimento e e de recompensa pelo desempenho e motivação na execução da missão do serviço, servindo sempre de exemplo aos demais, mas sem utilizar uma conotação negativa com os restantes.

Aumentar a Retenção e a Transferência – é feito através de formação e treino nas áreas onde são reveladas mais dificuldades, seja pela repetição das mesmas seja pelo acompanhamento mais personalizado e explicativo de um formador.

Como já foi dito noutros trabalhos nem sempre é possível seguir todos os passos e por vezes conjugamos uns quantos numa só fase ou omitimos outras.

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